História da Jade: como me tornei advogada trabalhista em São Paulo

História da Jade: como me tornei advogada trabalhista em São Paulo

O grande questionamento que deve passar pela cabeça de qualquer empregado ou qualquer empresário é: será que esse advogado trabalhista tratará o meu caso como mais um?

É normal as pessoas me procurarem porque estão apreensivas com seus direitos trabalhistas ou com os direitos trabalhistas que suas empresas devem pagar.

Em razão da minha trajetória de vida, você vai entender que o meu compromisso é com a qualidade do meu atendimento e não com a quantidade de clientes que entram no meu escritório.

São Paulo, a grande metrópole.

Santo André, conhecida como a cidade dos “metalúrgicos”.

Tenho certeza de que você já ouviu isso, não é mesmo?

Ambas cidades fazem parte da minha trajetória profissional.

O meu desejo de me tornar advogada trabalhista nasceu nas cidades de São Paulo e Santo André, quando eu ainda era uma estagiária de direito e comecei a entender como as grandes metrópoles estão recheadas de problemas trabalhistas.

Se você quiser ler apenas algumas partes da minha história, não tem problema nenhum, separei os tópicos para você:

Vamos lá?

O meu desejo de me tornar advogada nasceu na infância.

Sempre fui uma menina questionadora e sonhadora.

Lembro-me de, ainda menina, assistir aqueles filmes americanos com julgamentos teatrais e só pensar na capacidade dos advogados de mudarem a vida das pessoas (para melhor ou pior).

Eu me lembro de pensar exatamente assim: “Nesse momento, a vida de alguém está nas mãos do seu advogado”.

Uau, que responsabilidade, não é mesmo?

Assim, esse senso de responsabilidade para com o próximo me acompanha desde a infância.

E foi ele, exatamente ele, que não me deixou desistir nas fases mais difíceis da minha carreira: o estágio e a minha vida como jovem advogada.

Gravei um vídeo falando sobre a minha história também, se você quiser me conhecer melhor é só assistir:

Tenho certeza de que muitos de vocês me entendem, como é difícil finalizar uma faculdade sem dinheiro!

Para garantir meus estudos eu precisava trabalhar, mas, algo me atormentava: eu queria ter a experiência prática desde o meu primeiro ano da faculdade.

No primeiro ano da faculdade é praticamente impossível conseguir um estágio remunerado, então, apesar de procurar muito não encontrei nada.

Decidi me oferecer para estagiar gratuitamente no fórum de Santo André.

E aí bateu o desespero: como pagar a faculdade?

Formatura do ensino médio

Não tinha outra solução a não ser vender uma coisinha aqui, outra ali e ter !

Eu sabia que até o fim do ano algo remunerado apareceria.

Olha, posso dizer que nessa época eu só tinha fé e vontade de aprender, porque dinheiro mesmo estava em falta.

E aconteceu: lembro-me de que no mês do meu aniversário (um presente!) fui contratada como assistente jurídica em um pequeno escritório, localizado na cidade de São Caetano.

E foi lá que eu não só consegui dinheiro para pagar minha faculdade, mas, também  conheci e me apaixonei pelo direito do trabalho.

Nesse pequeno escritório eu agarrei a chance de aprender tudo que fosse possível, para futuramente oferecer uma advocacia de qualidade.

Mas, eu queria mais: testar tudo que fosse possível dentro da área trabalhista!

Eu acredito que estágio é o grande momento de teste em nossas carreiras.

E eu fiz exatamente isso: fiquei um ano no meu primeiro emprego e depois decidi explorar tudo que fosse possível dentro da área trabalhista.

Estagiei defendendo empresas em grandes escritórios de São Paulo, estagiei oferecendo apenas suporte jurídico para empresas (o que chamamos de advocacia consultiva extrajudicial) e também estagiei dentro do jurídico interno de uma empresa.

desfile

Nessa época, a minha vida era uma loucura: viajava por três cidades todos os dias, morava na periferia de Santo André, estagiava nos grandes centros de São Paulo e estudava em São Bernardo do Campo.

Foram muitos e muitos dias estudando (esmagada, diga-se de passagem) nos trens e metrôs da vida, pois, todos os dias eu enfrentava quase quatro (sim, quatro!!) horas de condução.

Também, nessa época, tive que fazer alguns empréstimos para pagar a faculdade (todos pagos no momento, uhu).

O dia mais marcante – desse período da minha vida – foi quando um professor atrasou a última aula e, meia noite, eu estava sozinha no ponto de ônibus, esperava o trólebus (um tipo de ônibus), para ir para casa.

Estava muito frio, estava escuro, eu senti muito medo e prometi para mim mesma que aquela não seria minha vida para sempre.

Finalmente, os estágios acabaram e, muito embora eu tivesse sido aprovada no exame da OAB, quando ainda estava no 5º ano da faculdade, eu não tinha dinheiro para dar entrada na carteirinha da OAB.

Nesse período, fiz alguns pequenos trabalhos como modelo (já desfilei em um programa da Record, vejam a fotinha acima haha) e como ajudante em pequenos comércios e, assim, consegui juntar o dinheiro necessário

O dia em que eu fui buscar minha carteirinha da OAB (A sonhada vermelhinha)

Eu estava tão ansiosa para advogar!

Nesse meio tempo, decidi estudar para realizar mais um sonho: ser aprovada na pós-graduação de uma das melhores faculdades do Brasil, a USP.

Estudei, estudei e quando eu li o meu nome na lista dos aprovados eu me tremia toda, pois, eu iria me especializar em direito do trabalho na faculdade dos meus sonhos.

Eu tinha o sonho de realizar minha graduação nessa faculdade, mas, como sempre estudei em escola pública, não tive nenhuma chance no vestibular.

Mas, agora, lá estava eu na melhor faculdade pública do Brasil.

Posso dizer que lá aprendi muito sobre direito do trabalho e sobre empatia!

Lá, também surgiu a oportunidade de escrever um artigo para um livro que foi, inclusive, publicado pela editora LTr (muito chique, não?).

Assim que peguei a carteirinha da OAB e pude advogar, experimentei a primeira frustração da carreira de um advogado.

Eu comecei a trabalhar em um escritório que defendia uma grande empresa e tinha muitos (mas muitoooos) processos e poucos advogados contratados.

Ou seja, a matemática não fechava, pois, cada advogado cuidava de quase mil processos e, infelizmente, não tinha tempo de estudar o caso e dar o seu melhor.

Não era o que eu queria.

Não era o que eu gostava.

Aliás, não gosto até hoje.

Meu lema é e sempre será qualidade acima de tudo.

Mas, logo depois, tudo se tornou um grande aprendizado.

Eu comecei a pensar que advogar só seria possível dessa maneira, sem exclusividade e sem qualidade.

Não me via mais como advogada.

Procurei por outros empregos e continuei estudando.

Estudar, mesmo após sair da faculdade, sempre foi uma prioridade em minha vida.

Então, as portas começaram a se abrir.

Minha primeira audiência trabalhista da vida realizada em realizada em 23/06/2014
Minha primeira audiência trabalhista da vida realizada em realizada em 23/06/2014

As portas abriram-se financeiramente, mas, por outro lado, conheci tipos de advogados que me inspiraram a não ser como eles.

Tudo foi um grande aprendizado, pelo qual sou e serei eternamente grata.

Nesse período, também apareceu minha primeira cliente pessoa física: uma auxiliar de enfermagem.

Até então, eu só advogava para empresas.

Essa moça (que até hoje é minha cliente), foi uma verdadeira luz em meu caminho, pois, tivemos um excelente resultado em sua ação e ela me indicou para outros auxiliares de enfermagem, que me indicaram para enfermeiros e, assim, eu comecei a construir minha carteira de clientes, voltada para profissionais da área da saúde.

Mas, como eu ainda não tinha alcançado uma estabilidade financeira (e precisava pagar as contas), trabalhar para um escritório, com salário fixo, ainda era essencial para mim.

A solução era continuar estudando e evoluindo na carreira.

Acordava todos os dias cinco horas da manhã, estudava até as oito da manhã (ah, sendo bem sincera tinha dia que não dava né, às vezes, eu furava a rotina) e depois trabalhava.

De noite, às terças-feiras, consegui uma bolsa em uma famosa escola de São Paulo.

Como funcionava?

Eu era a anotadora das aulas, anotava até as vírgulas que o professor ditava e em troca não pagava pelo curso.

Foi um período muito bom, aprendi muito sobre o direito do trabalho e, principalmente, como um juiz pensa.

Meu objetivo era ser a melhor advogada possível, para conseguir montar meu próprio escritório.

E, com toda certeza, foi um período essencial para elevar o meu nível profissional.

Mudei novamente de emprego e, finalmente, encontrei um escritório que estava alinhado com meus valores e, principalmente, com o meu conceito do que é uma advocacia de qualidade.

primeiro carro
As mudanças estavam chegando!

No meu último emprego, durante três anos, advoguei para pequenas empresas e advoguei para ex-diretores de empresas, na qualidade de Reclamantes.

Todos os meus estágios e atuação como jovem advogada aconteceram em escritórios que atendiam apenas empresas.

Em paralelo, eu atendia meus clientes particulares onde dava: até em mesa de shopping já recebi cliente.

Atuar em ambos os lados fortaleceu minha expertise na área trabalhista.

Além disso, os meus atuais clientes só experimentam benefícios: conheço as estratégias dos dois lados, sei exatamente quais pontos precisam de mais atenção, quais alegações a empresa/ Reclamante fará e consigo, até mesmo, reconhecer possíveis fraudes.

E eu sou extremamente grata por cada cliente que confiou anos de trabalho em minhas mãos.

É e sempre será uma honra advogar pela justiça dos trabalhadores e pelo bem-estar de empresas que tratam seus empregados com humanidade.

No meu último emprego, eu ganhava um salário razoável trabalhando como associada e sempre entrava um dinheiro extra dos meus clientes particulares, mas, não estava feliz.

Hoje eu consigo entender do que eu sentia mais falta: liberdade.

Principalmente, a liberdade de agir de acordo com meus valores e visão de negócios.

Até que um dia, meu chefe me chamou em sua sala e disse, com muita tristeza, que encerraria a área trabalhista.

Devo dizer que isso aconteceu um pouco depois da conhecida “reforma trabalhista”.

A área trabalhista empresarial já não estava mais sendo lucrativa para o escritório.

Inicialmente, eu pensei que poderia ficar um tempo sem trabalhar e focar somente nos meus estudos.

Mas, foi um engano, a vida já tinha escrito outras linhas em meus caminhos: o bichinho do empreendedorismo me picou.

Eu já tinha uma pequena carteira de clientes e as duas empresas que eu assessorava, representando meu antigo escritório, manifestaram o desejo de seguirem comigo.

Ah, meu coração se encheu de esperanças.

Eu tinha um sonho: viver confortavelmente (para os meus padrões, claro!) por meio de um trabalho alinhado com meus valores.

Eu queria me sentir livre e exercer minha profissão com leveza.

Esse sonho estava prestes a se realizar.

Jade Almeida Advocacia
Jade Advocacia: uma advocacia moderna & leve

As indicações nunca pararam e a cada dia eu tinha mais clientes queridos, além, de prestar consultoria para duas empresas.

Para uma delas, eu descobri uma nova área de atuação: a revisão de contratos.

Os meus estudos e os cursos livres que realizei (afinal, um advogado nunca para de estudar), me permitiram, não somente oferecer um consultivo trabalhista, mas, também um consultivo na área contratual, com qualidade.

Me apaixonei pela área contratual, embora, meu coração também seja do direito do trabalho!

E assim surgiu a necessidade de profissionalizar minha advocacia.

Novamente, no mês de Setembro de 2020 (na data do meu aniversário) ganhei outro presente: nasceu uma pessoa jurídica, o Jade Advocacia.

Logo em seguida, começamos a crescer e surgiu a necessidade de expandir, hoje, nossa equipe possui quatro pessoas, além de diversos colaboradores espalhados pelo Brasil em diversas áreas. 

O nosso foco é levar uma advocacia de qualidade para todo o Brasil e, por isso, atendemos online, para facilitar a vida dos nossos clientes.

As reuniões são online, mas, o tratamento é presencial: nós não queremos apenas que os nossos clientes ganhem os processos, mas, que também se sintam acolhidos (sabe aquele quentinho no coração?).

Toda história que chega até nós é tratada como ela deveria ser tratada em qualquer escritório de advocacia: como uma história especial, de uma pessoa/ empresa especial.

Não queremos números.

Não queremos mais um em nosso escritório.

Sabe quando eu tive certeza de que estava fazendo a escolha certa?

Quando eu ganhei uma liminar para que a empresa reintegrasse uma cliente no convênio médico.

Minha cliente possui uma doença chamada hidrocefalia, uma doença silenciosa no cérebro que pode explodir a qualquer momento, e ela não poderia ficar sem convênio médico.

Eu amo mudar histórias e por isso o Jade Advocacia nasceu: mudamos histórias de vidas.

Nosso escritório está crescendo e será uma honra ter você conosco nessa evolução.

Sabe aquele quentinho no coração de que eu falei acima?

É por ele que lutamos todos os dias.

Para saber mais, nos acompanhe no Youtube (Jade Advocacia) e assine nossa Newsletter para receber novidades trabalhistas sempre, combinado?

Obrigada por me conceder seu precioso tempo: é uma honra, caro leitor e futuro cliente!

Compartilhe
Facebook
Twitter
Telegram
WhatsApp
Você também pode gostar desses artigos
5 1 vote
Classificação
Inscreva-se
Notificar de
guest
4 Comentários
Mais antigo
Mais novo Mais votados
Comentários em linha
Ver todos os comentários
Sirlei

Parabéns a melhor advogada trabalhista 👏

rosangela

Jade, boa tarde!

Por favor, como faço para ter seu contato?